BAHIA: Governo presente cuida da gente

Lula sanciona novo Mais Médicos e garante: “agora, veio para ficar”

Lula sanciona novo Mais Médicos e garante: “agora, veio para ficar”

Até o final do ano, 15 mil médicos serão contratados para atuar em áreas remotas e periferias das grandes cidades. “O SUS é nosso. Só precisamos aperfeiçoá-lo, melhorá-lo e valorizar nossos profissionais”, disse o presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto

O presidente Lula sancionou nesta sexta-feira (14) a lei que permite o retorno do programa Mais Médicos, uma iniciativa que visa ampliar o número de profissionais atuando na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em regiões vulneráveis.

A agência cubana Prensa Latina relata que até o final de 2023 serão contratados 15 mil médicos para atuar em áreas remotas do país e nas periferias das grandes cidades, por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, fazendo com que o programa alcance o número de 28 mil profissionais, possibilitando acesso à saúde a mais de 96 milhões de brasileiros.

Durante a cerimônia, Lula lamentou que o programa tenha sido desmantelado pelo governo de Jair Bolsonaro. “Quando o [Alexandre] Padilha – ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (2011-2016) – criou o Mais Médicos, eu não imaginava que alguém fosse capaz de acabar com ele”, disse o presidente, assegurando que o programa “agora, veio para ficar”.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que no primeiro edital deste ano foram oferecidas 5.900 vagas, com 34 mil médicos inscritos. Atualmente, 3.600 médicos estão em atividade em todo o país e os outros 1.300 estão em processo de acolhimento do programa.

Lula fez um apelo para que a sociedade defenda o SUS e o Mais Médicos, que não pertencem a nenhum governo, mas sim ao povo brasileiro. “O SUS é nosso. Só precisamos aperfeiçoá-lo, melhorá-lo e valorizar nossos profissionais, desde o porteiro até o médico, para que a saúde possa cumprir sua função de salvar vidas”, pregou.

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No Guardian, vítimas do desastre de Mariana acusam a BHP de racismo ambiental em carta ao primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. 720 mil brasileiros processam a empresa, que enfrenta alegações de compensação de 36 bilhões de libras, o maior processo coletivo da história jurídica inglesa. A barragem rompida causou mortes, devastação ambiental e impacto na saúde das comunidades afetadas. As vítimas denunciam injustiça contra comunidades indígenas, enquanto a BHP argumenta ter fornecido compensações e trabalhado na mitigação dos impactos. A questão foi discutida no Parlamento britânico, com parlamentares destacando a responsabilidade das empresas multinacionais e a necessidade de regulamentação.

A carta pede ao governo britânico ação na prevenção de desastres e punição a empresas que não cumprem seus compromissos sociais e ambientais. A BHP e a Vale, também envolvida no desastre, continuam em disputa legal sobre a responsabilidade pelo incidente. Os representantes das vítimas afirmam que estão buscando justiça, enquanto as empresas evitam enfrentar as consequências de suas ações.

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Reportagem do jornal britânico Daily Star trata da proibição do futebol feminino no Brasil, destacando a história de Dilma Mendes, que precisou superar diversas dificuldades para realizar seu sonho de ser jogadora. Durante quase quatro décadas, as mulheres foram proibidas de praticar o esporte no país, sendo detidas pelas autoridades caso fossem flagradas jogando. A proibição, estabelecida por um decreto em 1941, foi revogada somente em 1979. O texto também aborda como as mulheres driblavam a proibição, escondendo-se da polícia e enfrentando a desaprovação de suas famílias.

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Atualmente, o futebol feminino no Brasil tem crescido, e a seleção nacional está se preparando para sua nona participação na Copa do Mundo Feminina, que terá início na próxima quinta-feira, na Austrália e na Nova Zelândia. Em uma publicação sobre o evento, o também britânico Independent destaca a brasileira Marta, que chega à sua sexta Copa do Mundo como a maior artilheira da competição, com 17 gols.

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Morreu na noite de quinta-feira (13), aos 79 anos, Sergio Amaral, ex-embaixador brasileiro em Londres, Paris e Washington. Como diplomata, Amaral mediou as negociações entre o Brasil e os credores internacionais a respeito da dívida externa brasileira em 1994 – época em que o Brasil era considerado o maior devedor do mundo em desenvolvimento. O New York Times noticiou que o acordo brasileiro (com 750 bancos comerciais) “efetivamente [acabou] com a crise da dívida internacional iniciada em 1982”, como aponta o Brazilian Report.

Amaral também foi porta-voz e ministro da Indústria e Comércio durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), além de presidente dos conselhos da Câmara de Comércio Exterior do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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O presidente russo Vladimir Putin ainda não decidiu como participará da próxima cúpula do BRICS, marcada para o próximo mês na África do Sul. Sua participação foi questionada devido a um mandado de prisão emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional. Enquanto a Rússia não reconhece a autoridade do tribunal, a África do Sul, como membro, é obrigada a prendê-lo caso ele entre no país.

De acordo com a agência Russia Today, o porta-voz do Kremlin informou que estão em andamento discussões para definir o formato da participação de Putin na cúpula. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa negou os rumores de que a cúpula seria realizada de forma virtual.

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A escola Notre Dame, localizada em Ipanema, Rio de Janeiro, foi premiada pela UNESCO com o selo Blue School por seu programa de proteção ao meio ambiente e ao Oceano Atlântico. Dentre as atividades do projeto, destaca a Reuters, está a limpeza de praias e a conscientização sobre o papel fundamental dos oceanos na regulação do clima. “É para educar, desenvolver a conscientização e formar uma geração que entenda que precisamos do oceano para continuar existindo como espécie neste planeta”, diz o chefe da ONG Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes.

*Imagem em destaque: Lula em cerimônia de relançamento do programa Mais Médicos (Ricardo Stuckert/PR)

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