BAHIA: Governo presente cuida da gente

Apesar da tensão entre Venezuela e Guiana, Brasil não vê risco de conflito armado

Apesar da tensão entre Venezuela e Guiana, Brasil não vê risco de conflito armado

Após plebiscito a favor da anexação de região da Guiana, Venezuela quer fazer valer a soberania sobre Essequibo. Brasil desloca tropas para a fronteira para intensificar a vigilância

Com o título “Guiana declara ‘alerta máximo’ sobre a ofensiva da Venezuela para ‘recuperar’ Essequibo”, o argentino La Nación traz extensa reportagem sobre a questão e cita que, apesar da escalada, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse hoje que não vê risco de conflito armado entre as vizinhas Guiana e Venezuela. No entanto, o referendo venezuelano de domingo a favor da anexação do Essequibo levou o Brasil a começar a transportar veículos blindados e mais tropas para Boa Vista, a capital do estado de Roraima, que faz fronteira com os dois países. Uma fonte militar disse à Reuters no início desta semana que a ação do Brasil tinha como objetivo melhorar a segurança ao longo da fronteira e intensificar a vigilância para evitar surpresas. (leia aqui)

O Brasil rejeita qualquer uso da força por parte da Venezuela para ocupar o território de Essequibo, na Guiana, e pedirá ao governo de Caracas que não ameace seu vizinho, disse na quarta-feira Celso Amorim, assessor de política externa do presidente Lula. Amorim, que viajou para a Venezuela como enviado especial de Lula no mês passado, disse à Reuters que o Brasil se opõe “ao uso da força ou à sua ameaça”. “Transmiti nossas preocupações muito sérias”, disse ele sobre sua visita a Caracas antes de um referendo público sobre o Essequibo realizado no domingo. “Agora há novos fatos que são ainda mais preocupantes. Não deixaremos de transmitir nossas preocupações, especialmente em relação à política de não uso da força”, disse Amorim. Também o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, descartou em entrevista à agência o risco de um confronto armado entre os dois vizinhos do Brasil na fronteira norte. (leia aqui)

“Nicolás Maduro anexa Essequibo ao mapa da Venezuela e distribuirá licenças para explorar o território”, diz o argentino Clarín. Nicolás Maduro está levando a sério, desde o início, o referendo não vinculante sobre Essequibo. Na segunda-feira, depois de anunciar os “incríveis” números da votação, o líder venezuelano lançou um pacote de medidas para fazer valer a soberania, começando com a anexação da área disputada com a vizinha Guiana no novo mapa oficial da Venezuela. Em vista dos anúncios de Maduro e apesar de sua amizade com Lula, o Brasil enviou tropas e tanques blindados para a área disputada, onde está construindo uma estrada. A Guiana adverte que recorrerá ao Conselho de Segurança da ONU se a disputa com a Venezuela aumentar. (leia aqui)

“Aumenta a tensão entre Venezuela e Guiana sobre Essequibo enquanto o Brasil reforça suas fronteiras”, noticia o uruguaio El Observador. O exército brasileiro chegou às cidades de Pacaraima e Boavista, no estado fronteiriço de Roraima, enquanto os ministros das Relações Exteriores dos países que disputam o Essequibo continuam suas conversas para desbloquear o conflito. (leia aqui)

O mais recente conflito armado entre nações nas Américas foi a Guerra de Cenepa, em 1995. Foi um conflito militar curto e contido entre o Equador e o Peru, travado pelo controle de uma área do território peruano perto da fronteira entre os dois países. Mas o governo brasileiro agora teme outro conflito – desta vez entre a Venezuela e a Guiana – e mobilizou tropas para a fronteira norte do país, informa o Brazilian Report. (leia aqui)

LULA MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA

A despedida de Alberto Fernández será marcada por uma tensão inesperada com o homem que ele considera seu amigo. Lula está irritado com a decisão do presidente argentino de não assinar o acordo do Mercosul com a União Europeia, depois de um compromisso quase pessoal do brasileiro de amenizar, em parte, muitos dos questionamentos da Argentina, diz La Política Online, da Argentina. “Ele recuou depois de ter o aval do Milei. Ninguém iria insultá-lo ou criticá-lo por isso. Muito pelo contrário”, diz uma fonte. “Trabalhamos, negociamos, enviamos rascunhos, acrescentamos informações e chegamos a um consenso nunca antes visto com os europeus sobre suas condições ambientais. Não sei o que mais eles esperavam”, disse a fonte do governo brasileiro.” Fernández deixa a Presidência no domingo com a posse de Javier Milei. (leia aqui)

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À frente de uma delegação reduzida quase ao mínimo e em sua despedida do cenário internacional, o presidente Alberto Fernández partirá amanhã cedo para o Rio de Janeiro para participar da Cúpula do Mercosul, onde o Brasil entregará a presidência pro tempore do bloco regional ao Paraguai e onde a União Europeia não estará presente, após o fracasso das negociações para a assinatura do acordo. Também não está prevista a presença de emissários de Milei, que ainda não resolveu totalmente suas diferenças com o presidente Lula, que não estará presente na cerimônia de transmissão de cargo em Buenos Aires, informa o La Nación. (leia aqui)

Cinco dias antes da posse de Javier Milei, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, realizou uma reunião virtual com o ministro da Economia designado para o próximo governo, Luis Caputo, para falar sobre “o plano econômico” que o próximo presidente pretende implementar. Ele também considerou necessário que “a Argentina se saia bem”, pois é o terceiro maior parceiro comercial do país governado por Lula, noticia o La Nación com base em notícia da Folha de S.Paulo. (leia aqui)

POBREZA CAI

A porcentagem de pessoas que vivem na pobreza no Brasil caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% no ano seguinte, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e a proporção de pessoas extremamente carentes caiu de 9% para 5,9% nesse período, informa a agência cubana Prensa Latina. (leia aqui)

BRASKEM ASSASSINA

Moradores de bairros próximos à mina da Braskem, que está causando o afundamento do solo em parte da cidade brasileira de Maceió, fizeram uma manifestação na quarta-feira para exigir a prestação de contas da empresa petroquímica. A manifestação, que ocorreu na avenida Fernandes Lima, a principal via da capital do estado de Alagoas, teve slogans contra a empresa, como “Braskem assassina”, noticia com vídeo a agência espanhola EFE. (veja aqui)

NEGO

O jornal argentino Página 12 dedica reportagem ao intelectual, poeta e ativista pelos direitos dos afro-brasileiros, Antônio “Nego” Bispo dos Santos, que faleceu no domingo (3). Ele foi influente dentro e fora do meio acadêmico, defendendo as comunidades quilombolas e a cultura afro-brasileira, a igualdade racial e o direito à terra. Após sua morte, intelectuais, líderes sociais e políticos de todo o Brasil, incluindo o próprio presidente Lula, fizeram declarações públicas. (leia aqui)

DESMATAMENTO

Finalmente, boas notícias da Amazônia brasileira, noticia a revista Economist. Nos primeiros oito meses de 2023, o ritmo do desmatamento caiu quase 50% em comparação com o ano passado. Isso reflete uma mudança de governo. Jair Bolsonaro, presidente do Brasil de 2019 a 2022, foi um amigo declarado dos madeireiros e fazendeiros que estão cortando e queimando a floresta tropical. Ele não só não fez nenhum esforço para impedi-los, como também se esforçou para prejudicar os órgãos encarregados de fiscalizar os crimes ambientais. Destaca o papel de Lula nas ações de desmatamento. (leia aqui)

Mais de 1.500 trabalhadores das agências federais de combate ao desmatamento do Brasil estão exigindo do presidente Lula melhores salários e condições de trabalho, de acordo com uma carta que assinaram e que foi analisada pela Reuters na quarta-feira. Os trabalhadores foram encarregados de executar a postura mais rígida de Lula em relação ao desmatamento, um ponto-chave de sua campanha para restabelecer o Brasil como líder em mudanças climáticas, por meio da emissão de multas por infrações ambientais, entre outros meios. O gabinete de Lula, o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente não responderam imediatamente a um pedido de comentário. (leia aqui)

Foto: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mostra mapa com anexação da região do Essequibo, da Guiana, em imagem que teve amplo destaque na mídia nesta quarta-feira / Zurimar Campos/Presidência da Venezuela

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